terça-feira, 29 de setembro de 2009

Sobressalto

No início da tarde de sábado acordei num sobressalto. De repente percebi que eu não cabia mais em mim. Que todas as coisas que eu guardo, de todas as pessoas com quem eu não me abro, estavam transbordando como copos cheios. Coisas boas e coisas nem tão boas assim. Sentimentos. Amarguras. Vontades principalmente. Descobri que tudo isso estava querendo sair. Que as palavras pareciam não ter mais medida e que os pensamentos corriam mais livres, sem laços de fita.
Percebi que eu meço palavras, que economizo frases. Que eu não digo coisas por medo de machucar, de intimidar, de reprimir. Que eu não as digo simplesmente porque eu não sei. E que ás vezes eu não quero assumir essa minha ignorância.
Percebi que eu quero ser forte acima de tudo, independente a qualquer preço. Mas que na verdade não é nada disso. Eu quero é ser cuidada, assumir minhas fraquezas e chorar.
Eu percebi que sentimentos guardados podem ser armas e venenos. Que pensamentos devem ser expostos, sem medo de consequências. Que sentimentos podem ser desabotoados e as vontades desamarradas.
E por isso agora eu penso, eu quero e eu sinto. Antes ainda, mas agora mais. Mais meu, mais eu. Mais impulsiva, mais ariana. Mais pirilimpante.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Antes que seja tarde


Um aperto no peito. Uma angústia na alma.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Retorno


Como é bom estar de volta. Perceber o corpo. Elevar a mente. Experimentar sensações já vividas, mas guardadas pelo tempo. Descobrir outras que você nem imaginava, ou tinha vergonha de sentir. Ter que se voltar para si. Fazer escolhas. Chorar a perda. Enfrentar o escuro, rastejando em direção à saída. Perceber o que gosta e o que não. Descobrir que o que você ama não ama tanto assim. Fazer despertar aquela vontade louca de se jogar, de se permitir. E perceber que embora enferrujada, você nunca perdeu o tino.