sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Joyeux Noël



Que saudade dos Natais da minha infância. Da montagem da árvore, da organização do presépio. De abrir a caixa guardada do Natal passado e desenbrulhar do jornal amassado cada enfeite mágico de árvore. Saudade de escrever a carta para o bom velhinho. De colocar o meu sapato na janela para que as renas viessem buscar o chumaço de mato que eu deixei. Saudade de abrir o cofrinho e usar as poucas moedas que eu tinha para comprar presentes aos meus pais. Que saudade de vestir roupa nova e esperar ansiosa pelo presente pedido. Saudade da expectativa do embrulho. Saudade de segurar os olhos para não dormir. De não aguentar o sono e adormecer na espera. Saudade de acordar num pulo e olhar embaixo da cama. De ir na missa e ganhar presentes. De visitar meus avós. De brincar com meus primos. Saudade de reunir a família. Saudade de acreditar em Papai Noel.




Sr. Papai Noel:


Eu não gostaria de ganhar nada neste Natal. Não quero nenhum brinquedo, nenhuma roupa nova, não quero o carro do ano nem ganhar milhões na loteria. Para mim, paz e serenidade.
E quero saúde. Saúde para os meus avós passarem outros Natais ao nosso lado.


Obrigada.


Cecília

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Insensibilidade

Resolvi dar um tempo nos posts chororôs. Publicar algo mais para cima, no mínimo engraçado ou ridículo.
E para isso decidi manifestar a minha indignação em relação à insensibilidade do cromossomo Y. Traduzindo: a insensibilidade masculina.
----------------------------------------------------------------------------------
Situação 1:
Comentário de um corintiano qualquer na Vila Madalena:
- Meninas, eu estava vendo vocês lá de cima e de longe pareciam bem bonitas.
----------------------------------------------------------------------------------
Situação 2:
No posto de gasolina, às 22:30:
- Moço, você pode, por favor, calibrar o pneu para mim?
- Ah não senhora! Tá garoando. E tá forte.
----------------------------------------------------------------------------------
Situação 3:
Combinando de sair com o bofe:
- O que vamos fazer hoje, amor?
Resposta via SMS:
De: Y
to em casa.
10:48P 07/12
De: Y
vem.
10:50P 07/12
(?!)

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Tudo Passa

"Tudo passa. Na vida, tudo passa. Mas nem tudo que passa, a gente esquece."
Chico Pedrosa

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Perdas

É muito difícil perder. E é ainda mais difícil aceitar que se perdeu.
Perder um amigo, perder a roupa preferida, perder dinheiro, perder a esperança ou perder as rédeas. Perder um amor. Perder o jogo, perder o respeito, perder o tesão ou perder o chão. Perder o freio, perder a hora. Se perder.
Quando perdemos alguma coisa, isso sempre leva um pouquinho da gente. E quando leva nos deixa em pedacinhos, em milhares de cacos que nunca se juntarão na mesma forma. Só que a gente ainda busca o que se perdeu, busca recuperar aquilo que era tão importante, só que nunca encontra igual. E é isso que dói, é isso que faz a falta, que provoca o vazio dentro da gente.
Já passei por várias perdas. Com as pequenas, consegui me recompor sem deixar rastros. Outras deixaram cacos até hoje. Caquinhos que ainda doem.
Já entendi que tudo que a gente perde faz falta. Se é grande ou pequena, pouco importa. O que importa é o tamanho do buraco que deixa. Algumas perdas são necessárias enquanto outras deixamos escapar por nossas mãos.
Mas o pior é perder o que nunca se teve. É perder o sonho.